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Investigadores da UBI com financiamento FCT de 200 mil euros
Rafael Mangana · quarta, 3 de janeiro de 2018 · UBI Quatro investigadores da UBI viram os seus projetos de investigação financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia em cerca de 200 mil euros, 50 mil cada. O financiamento arrancou este ano letivo e prolonga-se até dezembro de 2021. |
O CICS-UBI, da Faculdade de Ciências da Saúde, acolhe três dos quatro investigadores |
21977 visitas As investigadoras do CICS-UBI Diana Costa, Raquel Ferreira, Carla Cruz, e o investigador do CMA - Centro de Matemática e Aplicações Alexey Koshelev (área da Física) viram, neste ano letivo, os seus projetos de investigação financiados pela FCT. O financiamento é de 50 mil euros para cada projeto e prolonga-se até dezembro de 2021. Sob o título "Terapia Génica Mitocondrial: desenvolvimento de um sistema para tratamento de doenças mitocondriais", o projeto de Diana Costa tem como principal objetivo "o desenvolvimento de um sistema clinicamente viável para tratamento de doenças mitocondriais, contribuindo para o conhecimento numa área, até ao momento, pouco explorada", explica a investigadora. "Os pacientes poderão beneficiar de avanços enormes na perspectiva de tratamento e cura destas patologias", sublinha. Por outro lado, refere Diana Costa, "terá impacto na fixação de recursos humanos e consolidação de carreiras, permitindo igualar padrões internacionais". A verba afeta ao projeto destina-se à compra de equipamento e consumíveis para trabalho laboratorial, contratação de recursos humanos qualificados e, ainda, para despesas de deslocação a congressos para apresentação de resultados do projeto. "Terapia celular para a reparação neurovascular após um acidente vascular cerebral" (Cell-based therapy for vascular and neurological repair in stroke) é o tema do projeto de Raquel Ferreira. Para além da investigadora principal, no projeto intervêm ainda Miguel Castelo Branco, Fátima Paiva e Ricardo Tjeng (Centro Hospitalar Cova da Beira), Lino Ferreira (Biocant Park/IIIUC) e o Brain Repair Group, na UBI, liderado por Liliana Bernardino. O objetivo deste projeto passa por "utilizar células progenitoras endoteliais (em circulação no sangue após um AVC), tratadas com nanopartículas contendo ácido retinóico para realçar o potencial regenerador destas células (que normalmente circulam em número insuficiente), de forma a repararem mais eficazmente o vasos sanguíneos do cérebro afectados pelo AVC (pela falta de oxigénio e sangue)", esclarece a investigadora. "A expectativa é que através da recuperação vascular seja mais fácil obter a reparação das células neuronais que requerem o suporte dos vasos para sobreviverem e funcionarem devidamente", defende Raquel Ferreira. "Este é um projeto muito importante tanto a nível pessoal, como em termos dos benefícios que pode trazer aos indivíduos que sofrem um AVC, se for possível a sua tradução numa terapia", sublinha a investigadora do CICS. "A atribuição desta verba dá-me ânimo para persistir numa ideia na qual acredito, em focar-me num problema de saúde avassalador em Portugal e em fazer mais pela comunidade". O financiamento conseguido prolonga-se até 2021, ficando os quatro investigadores com um contrato "Investigador FCT", uma medida de incentivo à investigação. |
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