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Foi Feitiço
Adriana Gonçalves · quarta, 28 de fevereiro de 2018 · UBI Pelo oitavo ano consecutivo, a Encantatuna (TAFUBI) realizou o festival Feitiço, encontro de tunas femininas na Universidade da Beira Interior, que teve lugar no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde nos dias 23 e 24 de fevereiro. |
A Tuna Feminina do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa representando o vento. |
21958 visitas A completar dez anos de existência em novembro deste ano, a Encatatuna nasceu da união de um grupo de amigas apaixonadas pela música que quiseram optar por um estilo diferente do da tuna feminina mais antiga, As Moçoilas. O objetivo de dignificar, divulgar e representar a UBI levou a Encantatuna a adquirir o estatuto de tuna definitiva da Academia da Beira Interior em 2010. Na edição deste ano, o festival contou com a presença de quatro tunas femininas a concurso: a Tesuna, Tuna de Tecnologia da Saúde do Porto; a Tfisel, Tuna do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa; a Tun’aominho, Tuna Académica da Universidade do Minho; e a Tun’obebes, Tuna de Engenharia da Universidade do Minho. Predominantemente masculino, o júri foi constituído por Telmo Mendes, Francisco Machaz, Isabel Ismael, Paulo Afonso e Gonçalo Baltazar e atribuiu por unanimidade os dez prémios a concurso. Destacou-se a tuna minhota Tun’obebes, vencedora do prémio para Melhor Tuna, Melhor Serenata e Melhor Passacalles e a tuna lisboeta Tfisel, que levou as honras de Melhor Original, Melhor Solista, e Melhor Adaptação ao tema. “Já saímos do palco satisfeitas com a nossa atuação”, contou Joana Rangel, tunante pertencente à direção da Tfisel. Esta foi a primeira vez que a tuna lisboeta participou no festival Feitiço, por isso “receber estes prémios é um extra”, revelou Joana. O tema do festival compilou os quatro elementos básicos na constituição da matéria. O ar, a água, o fogo e a terra foram o mote para as atuações de cada tuna. Com caloiras mascaradas a rigor, músicas alusivas ao tema e teatros bem animados, o objetivo passava por contar pequenas histórias que envolviam o público na temática. “O espírito foi incrível, estivemos sempre a conviver, a cantar. Também bebemos um pouco, não muito. Gostámos muito da musicalidade e do convívio entre as tunas” afirmou Ana Bessa, da Tesuna. Esta foi a primeira presença da tuna do Porto neste festival. Para Inês Almeida, da Tun’obebes, “o balanço do festival é muito positivo”. A jovem considerou que tem sido um ano incrível para a sua tuna e que estes prémios são recebidos como um incentivo para continuarem a trabalhar no seu próprio festival. O espetáculo também contou com atuações de convidados especiais: Rúben Matos, antigo aluno da Ubi, guitarrista e cantor nas horas vagas, presenteou o público com música portuguesa. Catarina Costa e Margarida Oliveira, pertencentes à tuna anfitriã, dançaram e encantaram ao estilo contemporâneo. O festival despertou o interesse e a curiosidade da comunidade ubiana, dos covilhanenses e houve até quem se deslocasse do Porto, de Lisboa e do Minho para apoiar as tunas em palco. “Foi um concurso bem animado, era fácil notar a paixão que cada uma das meninas tem pela música e pelo que fazem”, testemunhava Germano, doutorando em Engenharia Informática na UBI. O programa do VIII Feitiço incluiu ainda uma noite de serenatas atrás da Câmara Municipal e o Passacalles encheu de música e magia as ruas da Covilhã. O festival terminou, à semelhança de anos anteriores, com um After Party na Companhia Club. O convívio, a música e o espetáculo criaram um ambiente mágico, de emoções fortes que gera nas tunas visitantes o sentimento de querer regressar à cidade neve. “Vale sempre a pena a viagem até aqui, porque é bom conhecer pessoas de outros cantos do país unidas pela mesma paixão pela música e pelo espírito académico”, concluiu Inês Almeida, da Tun’obebes. |
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