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Moda e sustentabilidade na UBI
Urbi · quarta, 2 de maio de 2018 · O Fashion Revolution UBI e as III Jornadas de Moda decorrem em entre 7 e 9 de maio, e culminam com um desfile de coordenados no dia 19. |
Evento é promovido pelo comité do Fashion Revolution UBI |
21990 visitas Moda e sustentabilidade são o fio condutor do programa do Fashion Revolution e das III Jornadas de Moda, organizados no seio do Departamento de Ciências e Tecnologias Têxteis (DCTT) da Universidade da Beira Interior (UBI). Entre os dias 7 e 9 de maio, o evento vai trazer à Covilhã empresas, especialistas e criadores – alguns deles ex-alunos da UBI atualmente com projetos próprios no mundo da moda. Este evento encerra com um desfile no New Hand Lab, no dia 19 de maio, que tem incorporado um concurso que desafia a comunidade a criar peças de vestuário onde esteja presente a ideia de sustentabilidade. O evento é promovido pelo comité do Fashion Revolution UBI - uma comissão que reúne investigadores, alunos de mestrado e doutoramento, entre outros, com o apoio do ModUBI – Núcleo de Estudantes de Design de Moda e o envolvimento do DCTT. Estão preparados painéis sobre três grandes temas: Bem-estar Interior (sobre estilos de vida sustentável); Bem-estar Exterior (baseado na estética, cuidados de beleza e styling, interligando marcas de cosmética de renome internacional e produtos regionais); e Moda Circular (focado em mostrar marcas que trabalham de forma dinâmica, criativa e transparente). O programa do evento, que trará à UBI alguns ex-alunos da instituição, vai abordar “algo importante às vezes desvalorizado, que é o bem-estar físico e emocional. Haverá uma parte ligada, por exemplo, a cosméticos, com produtos naturais e sem químicos”, salienta Iolanda Guimarães, aluna de 2.º Ciclo em Design de Moda, da organização. “Darão a conhecer projetos sustentáveis que estão a implementar, apresentando o que se pode fazer depois da universidade, tendo essa consciência mais amiga do ambiente”. São disso exemplo David Pinto, criador da marca Barn of Monkeys, já premiado em Londres pelo seu trabalho de roupa para crianças, que utiliza o algodão como matéria-prima, ou a Marisa Inglês, responsável pela Severa, que aposta em joalharia e acessórios. onde incorpora um material nobre nacional, como a cortiça. “Alguns dos tecidos utilizados no concurso são naturais, como o burel, e outros são excessos de produção de várias empresas que nos apoiam, bem como outros que o DCTT doou à organização”, refere Caroline Loss, doutorada em Engenharia Têxtil pela UBI e atualmente a realizar um Pos-Doutoramento na instituição. A presença deste movimento nas instituições de Ensino Superior é fundamental, destaca Solange Fernandes, aluna de Doutoramento em Design de Moda e embaixadora do evento na UBI. “A Universidade da Beira Interior foi pioneira a aderir ao movimento. Estamos a tentar expandi-lo para outras instituições, pelo papel que têm na formação dos futuros designers e na sociedade de um modo geral”, explica a investigadora que desenvolve uma tese focada na sustentabilidade com base na economia circular e economia criativa colaborativa. A tese de Solange Fernandes é apenas um exemplo da preocupação que o DCTT tem tido na introdução destes temas na formação dos alunos de todos o ciclos de estudos. “Hoje em dia há procedimentos que fazem de um projeto algo mais sustentável. Isso deve ser ensinado e nós temos tido essa preocupação”, explica o presidente do DCTT, Rui Miguel. Existe no curso de 1.º Ciclo a Unidade Curricular de Design de Moda Sustentável e nos mestrados e doutoramentos têm surgido propostas na área da sustentabilidade na moda, “que são muito acarinhadas”, refere ainda o docente e investigador. O DCTT está, assim, em linha com o que são estas preocupações contemporâneas, daí o apoio que é dado à organização de eventos como Fashion Revolution/Jornadas: “Estas equipas fazem tudo isto de uma forma apaixonada e com uma grande sensibilidade para aquilo que são estas questões. Fazem-no como imperativo de consciência e sem qualquer intenção de retorno que não seja o social. Só temos de ficar satisfeitos e apoiar iniciativas que vão ao encontro do pensamento e orientação do DCTT”. |
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