Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Desfilar pela igualdade de género
Leandra Lícia · quarta, 9 de maio de 2018 · Para alertar e mudar mentalidades, os alunos do 3º ano de Design de Moda realizaram um desfile, mostrando com as suas criações que a igualdade não tem género. |
modelo voluntária |
21989 visitas A iniciativa faz parte de um projeto chamado “Equality is the new trend”. A missão é “promover a ideia e inserção da defesa dos direitos das mulheres e a igualdade de género”, como é referido na página do projeto no facebook. Daniel Sousa, modelo e colaborador em comunicação no projeto, reforçou: “O que nós trabalhamos na Equality não é só a questão de ser homem ou mulher, mas de todos. Não importa se é gay, lésbica, transexual. Se o homem ou a mulher são agredidos, nós defendemos que todos devem ser iguais”. O desfile, que teve como mentora Susana Marques, foi apresentado por Lívia Glória. O evento, que decorreu no dia 4 de maio, ao ar livre, junto ao espaço de exposições Tinturaria, contou com alguns voluntários, que desfilaram, juntando-se à causa. Todas as roupas apresentadas foram confecionadas pelos alunos de design e cada peça pretendia passar uma mensagem. Susana Marques explica a dinâmica da organização: “Dei um briefing daquilo que esperava que estivesse presente nas coleções e os alunos tinham que debater sobre a igualdade de género através das suas criações”. Ao longo do desfile foram várias as formas de abordar a igualdade de género, desde um homem que vestia uma burca, outro que usava saltos altos, uma indumentária que representava um homem grávido e outra referente a mulheres em cargos de poder. Tudo críticas feitas através da roupa. Daniel Sousa falou desta iniciativa e o quão é necessário este tipo de sensibilizações. “É uma iniciativa muito boa, porque promove uma causa social muito importante que é a igualdade de género. Todos devem ser vistos por igual e não por uma pessoa simplesmente ser homem ou mulher”. A ideia era dar destaque ao desfile e ao projeto pela diferença. “A maneira como nos vestimos acaba por dizer muita coisa. Acho que a igualdade se verificava nas nossas modelos, que não eram magrinhas nem com corpos de passerele. Tentámos diversificar e mostrar várias roupas em diferentes corpos e distintas nacionalidades”, explicou Susana Marques. Cada peça apresentada tanto podia ser usada num corpo feminino como masculino, procurando mostrar que somos todos iguais. Para Daniel Sousa, “a roupa é um formato artístico e cultural, onde nos podemos expressar mesmo sem termos consciência de que é uma forma de promover a igualdade”. Como a roupa é algo do dia a dia, que todos podem usar, Daniel conclui que com ela “as pessoas podem ser o que quiserem, independentemente de como é o corpo”.
|
Palavras-chave/Tags:
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|