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Acompanhamento social a idosos pode diminuir o consumo de medicamentos
Margarida Simões Gonçalves e Inês Salvador e Juelma Pereira · quarta, 10 de abril de 2019 · @@y8Xxv Estudos internacionais revelam que muitos problemas dos idosos não se resolvem com medicação, mas sim com a análise e correção de comportamentos sociais. |
XI Jornadas de Sociologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas |
22041 visitas A edição deste ano das Jornadas de Sociologia, que decorreu na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, contou com um painel dedicado à saúde da população idosa intitulado “Saúde e Envelhecimento: dos indivíduos às políticas”. Amélia Augusto, docente do Departamento de Sociologia, explicou que o consumo de medicamentos por parte dos idosos “nem sempre é feito de forma correta”. Alertou ainda para os problemas que o excesso de medicação causa aos idosos. Para a docente, os idosos internados em hospitais ou lares, muitas vezes tomam quantidades acima das necessárias e recomendáveis, chegando mesmo a ser medicados para problemas que não têm. De acordo com um comunicado publicado pelo INFARMED no início deste ano, os portugueses consumiram mais quatro milhões de embalagens de medicação em relação ao ano passado. Os sociólogos que estudam o fenómeno defendem que o consumo de medicamentos antidepressivos não soluciona o problema. Pelo contrário, a resposta a estes problemas deve ser dada através de um acompanhamento dos comportamentos e da atividade social destes indivíduos. Os problemas dos idosos estão em grande parte das vezes ligados à solidão, ao abandono e à depressão. As XI Jornadas de Sociologia, que decorreram de 1 a 3 de abril, contaram com palestras sobre diversos temas, desde a Política e Religião, até à Moda e às desigualdades sociais. Sendo a Sociologia uma ciência interdisciplinar, o objetivo deste evento foi “mostrar a todos os alunos como a Sociologia pode ser aplicada nas mais diversas áreas”, explicou Miguel da Costa, membro da organização. Para além disso, destacou ainda a importância da visita ao Fundão no dia 1 de abril, onde os alunos tiveram a oportunidade de estar em contacto com a realidade dos refugiados, uma realidade que “a maioria nunca tinha visto”, e que demonstra que a Sociologia “não se faz unicamente no gabinete”. |
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