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Veganismo e ativismo abordados na UBI
Ana Margarida Rodrigues · quarta, 22 de maio de 2019 · @@y8Xxv O Movimento Académico de Proteção Ambiental (MAPA) promoveu a palestra “UBI pelos Animais”, com o objetivo de divulgar o veganismo e incentivar ao ativismo. |
Ativista Marisa Sousa |
21975 visitas O evento decorreu, no auditório da Biblioteca Central, no dia 15 de maio e esteve inserido na Tour 2019 do movimento The Save Movement. Sobre os temas abordados na palestra, a oradora e ativista Marisa Sousa, mostra-se “surpreendida tanto com o veganismo, como com o ativismo em Portugal”. Relata que “nestes últimos dois anos houve um boom enorme do veganismo em Portugal”, onde é possível encontrar nos supermercados alternativas com produtos 100 por cento vegetais. Em relação ao ativismo, “os primeiros movimentos ativistas em Portugal tiveram início em 2017” e são constituídos pelos grupos The Save Movement, Anonymous for the Voiceless e o Círculo do Silêncio. Apesar da existência de vários grupos de ativismo, Marisa alega que “se vê quase sempre as mesmas caras”, mas mostra-se otimista na adesão de mais pessoas que “começam a participar e a sentirem-se mais confortáveis com a palavra “ativismo””. Marisa Sousa, organizadora da Tour 2019 do The Save Movement, integra há 6 anos o movimento, onde é coorganizadora dos grupos Porto Animal Save e Braga Animal Save. The Save Movement é um movimento que teve origem no Canadá mas é atualmente um movimento internacional, contando com mais de 600 grupos em todo o mundo, sendo 14 deles em Portugal. O projeto tem como fundamentos a consciencialização e a sensibilização do público relativamente às práticas comuns da indústria agropecuária. O principal objetivo do movimento é “estar em matadouros ou em portos de embarque, onde os animais são entregues nos seus últimos momentos de vida e tentar passar-lhes toda a compaixão e todo o amor que eventualmente eles nunca tenham recebido”, como refere a ativista. Marisa afirma que a principal motivação para pertencer a este movimento foi que, na altura da sua entrada, “ainda não existia quase nada de ativismo no nosso país” e sentia a necessidade de mostrar que Portugal não era diferente dos outros países. Inês Antunes, aluna de Ciências da Comunicação na UBI, membro do MAPA e ativista do clube da verdade dos Anonymous for the Voiceless, relata que já conhecia Marisa Sousa e, aquando da sua entrada para o movimento académico, sugeriu “fazer esta palestra com a ativista”. O MAPA, fundado a outubro de 2018, tem como principal objetivo “criar uma consciencialização sobre as preocupações ambientais dentro da academia ubiana”, como revela Daniel Pais, aluno do curso de Economia e membro do movimento formado por estudantes de diversos cursos da UBI. O projeto dinamiza diversas iniciativas, principalmente dentro da universidade, mas também na cidade. Daniel Pais revela ainda que o movimento não é apologista de “mostrar situações em que o sofrimento animal é divulgado”, escolhendo uma atitude mais tranquila e “um caminho menos agressivo para que as pessoas não fujam”. Ana Morais, aluna de Marketing na UBI, afirma que participa neste tipo de iniciativas sobre assuntos como o veganismo e o ativismo porque pretende “aprender mais e ensinar aos outros”, rematando que achou a palestra “muito educativa”. No dia 24 de maio, o MAPA junta-se à Greve Estudantil Mundial pelo clima, que terá início no polo principal da UBI, pelas 10h30. |
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