Proveniente de Santiago de Compostela (Espanha), Helena Salgueiro trouxe "Ferro, Federici", uma peça baseada nas ideias feministas de Silvia Federici e que junta o teatro e a dança contemporânea. Um espetáculo onde os dois conceitos em destaque são a mulher e o capitalismo. Segundo Helena, autora do texto e representante da mulher, "é um manifesto que fala de como o capitalismo se beneficia das mulheres, do seu trabalho em casa, do seu trabalho como cuidadoras e como geradoras da força de produção".

O New Hand Lab acolheu assim por mais um ano o ContraDANÇA – Festival de Dança e Movimento Contemporâneo, que continua a destacar-se pela interculturalidade. Desta vez com as limitações inerentes ao Covid-19. Francisco Afonso, diretor do New Hand Lab, afirma que "temos cumprido com as diretivas que vamos recebendo tanto da Proteção Civil como da DGS (…) temos que nos adaptar a tudo e cá estamos a lutar das duas maneiras, a lutar culturalmente e a lutar pela nossa saúde e pela saúde de todos".

A 11ª Edição do ContraDANÇA – Festival de Dança e Movimento Contemporâneo, organizado pela ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes, passou por várias palcos e localidades. O objetivo do Festival passa por abordar a área da dança contemporânea mas, tal como o nome indica, explorar também "tudo o que é desenvolvido de forma mais contemporânea noutras áreas e ter assim um cariz pluridisciplinar", explicou Sérgio Novo, diretor da ASTA. O ContraDANÇA teve início a 25 de setembro em Teixoso e terminou a 31 de outubro na Covilhã.