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"Sou completamente apaixonada pelo que faço"
Rafael Mangana · quarta, 16 de dezembro de 2020 · UBI Desde cedo percebeu que o seu futuro passaria por algo relacionado com Artes e em 2004 a escolha recaiu na UBI e no curso de Arquitectura. Depois de ter passado por várias vertentes da sua área de formação, Tânia Camboa Cabral descobriu a paixão do Design de Interiores e é neste campo que trabalha desde 2014, tendo criado a sua própria empresa. |
Tânia Camboa Cabral |
22000 visitas Urbi et Orbi: Porquê Arquitectura e porquê na UBI? Tânia Camboa Cabral: Sempre fui uma pessoa completamente apaixonada pelas Artes no geral. Desde pequenina que comecei a mostrar interesse por desenho, pintura, música, teatro... A Arquitetura, apesar da sua componente técnica, é uma combinação de várias artes. Penso que foi isso que me levou a escolher este curso. E também por ser uma área que me permitia ser abrangente, não reduzia as minhas opções a nível de trabalho e criatividade, pois acaba por ser uma área muito completa. A UBI não foi a minha primeira escolha, confesso. Sou do Norte, e o facto de ser uma universidade no Interior do país, acabou por me levar a dar primazia a outras universidades mais perto da minha terra. No entanto, apesar de ter oportunidade de ter entrado noutras universidades mais perto, acabei por escolher a UBI porque, no seio da família (sou uma pessoa muito ligada à família e raízes), decidimos que seria bom para crescer e para "cortar" um bocadinho o cordão umbilical. Foi difícil a escolha, precisamente por causa disso, mas aventurei-me e fui.
U@O: Contas feitas, valeu a pena essa “aventura”? TCC: Claro que sim! Foi uma experiência muito boa a muitos níveis. O facto de me mudar para uma cidade nova sem conhecer ninguém foi sem dúvida um desafio. No entanto, foi a UBI e a nossa "cidade-neve" que fez de mim quem sou a nível profissional e pessoal. E tenho muito orgulho disso.
U@O: O que é que a UBI e a Covilhã têm de tão especial? TCC: A Covilhã é uma cidade que acaba por ser uma "Coimbra mais pequenina”, no sentido académico, a meu ver. Então, sente-se uma grande união entre alunos e cursos. Senti isso desde o primeiro dia. Acabamos por nos ajudar uns aos outros e ser a família que temos perto de nós durante os anos que lá estamos.
U@O: O que recorda dos tempos da UBI? TCC: Quando entrei para a UBI, era o segundo ano que o curso de Arquitetura existia. Senti uma grande vontade de crescer e evoluir, vinda de todos os intervenientes do curso. E vi, desde logo, que tinha uma margem de progressão grande. Tínhamos professores de várias escolas arquitetónicas, o que nos permitia uma junção de saberes diversos e conhecimento de várias formas de projetar. O que mais me recordo dos tempos da UBI são as pequenas coisas, aquelas que nos apercebemos fazerem a diferença, sem as notarmos todos os dias: a entrada do meu polo, a luz tão própria da Covilhã, o facto de nos juntarmos todos a seguir às aulas para estudar ou para convivermos e tentar colmatar as saudades de casa. Recordo-me dos colegas, dos professores, das pessoas que nos atendiam nas papelarias e nos cafés...
U@O: Sente que isso acabou por ser importante quando entrou no mercado de trabalho? TCC: Sim. Senti que o facto de conhecer várias formas de projetar me deu hipótese de escolher o meu próprio caminho. E também acho que foi importante para manter a minha mente aberta relativamente à minha profissão, sem seguir uma linha muito rígida.
U@O: E como tem sido esse caminho desde que saiu da UBI até hoje? TCC: Tem sido muito bom! Obviamente que o mercado de trabalho é bastante diferente do ambiente universitário. Aprendemos após algum tempo de finalizarmos o curso e com experiência. Entre 2009 e 2011 estive a estagiar num atelier de arquitetura que me deu um background muito grande para o mercado de trabalho. Depois fui para uma empresa de construção, onde estive em maior contacto com a obra em si. Em 2012 encontrei outra paixão que é o Design de Interiores. Hoje em dia, e desde 2014, tenho o meu gabinete de Arquitetura e Design de Interiores (WhiteArea Lda.), que abri com a minha sócia. Faço o que gosto e sou completamente apaixonada pelo que faço.
U@O: Essa abertura para uma sub-área dentro da própria Arquitectura poderá ter feito a diferença para hoje poder dizer que faz o que gosta? TCC: Sim, no meu caso sim. Porque as duas áreas complementam-se. Acho que se fizesse apenas uma, não me sentiria tão completa como me sinto.
U@O: Que outros conselhos poderia deixar a um atual aluno de Arquitectura da UBI para vingar nesta área? TCC: Acho que o conselho mais imediato é: sermos nós próprios e entendermos que a Universidade é uma fase muito importante do nosso crescimento enquanto seres humanos e profissionais. Temos que aproveitar todo o conhecimento possível e tentar absorver como uma esponja. Imergir completamente no conhecimento transmitido pelos nossos docentes e pela experiência adquirida através da convivência com colegas com métodos de trabalho completamente diferentes do nosso e com quem podemos também aprender muito.
Nome: Tânia Camboa Cabral Naturalidade: Paços de Brandão Curso: Arquitectura Ano de entrada na UBI: 2004 Filme preferido: “Diário da nossa paixão” Livro Preferido: “Vai onde te leva o coração”, de Susanna Tamaro Hobbies: Pintura, música e escrita |
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