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Semana Internacional do Cérebro discute saúde mental na pandemia
Inês Ferreira · quarta, 24 de mar?o de 2021 · Região CICS promove Mesa-Redonda “Um grito no silêncio - a saúde mental na pandemia”. |
Fonte: Site Centro de Investigação em Ciências da Saúde |
21977 visitas No âmbito da Semana Internacional do Cérebro, Assunção Vaz Patto, neurologista e docente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI), em conjunto com o CICS (Centro de Investigação em Ciências da Saúde), organizou a Mesa-Redonda “Um grito no silêncio - a saúde mental na pandemia”, que se realizou no dia 18 de março, em modo online. O objetivo do evento consistiu no reforço da ideia de que é imperativo falar e estudar a saúde mental, principalmente em tempos de pandemia, e teve como oradores convidados Arminda Jorge, médica pediatra e docente da Faculdade de Ciências da Saúde na UBI, Joaquim Cerejeira, coordenador da área de psiquiatria da UBI, Isabel Fael, diretora da Escola Secundária Campos Melo e Rosa Marina Afonso, professora auxiliar da UBI e investigadora na área da saúde mental. Assunção Vaz Patto, moderadora do evento, reforça que “durante a sessão ficou claro que a saúde mental, está a ser gravemente afetada pela pandemia e por isso esta mesa redonda era tão importante”, além de que “todos os institutos de investigação, que celebram a semana do cérebro, estão a falar deste assunto”, revela-nos. A sessão era aberta e destinava-se a todas as pessoas que se interessassem pelo tema. A moderadora explicou ainda que, em conjunto com os restantes oradores, “tentámos não falar de termos muito específicos e científicos também por isso, porque queríamos incluir o máximo de pessoas possíveis em relação a esta temática”. Joaquim Cerejeira, orador convidado, considerou, no decorrer da sua intervenção, que “um confinamento é algo bastante agressivo para aquilo que o nosso cérebro precisa para ter saúde mental”, revelando ainda que houve, desde logo, dois extremos em relação a esta pandemia: “Os que se fecharam logo em casa, quando o vírus ainda estava na China, e os que o desvalorizaram completamente”. A médica pediatra, Arminda Jorge, revelou que os estudos mais recentes “mostram o aumento da ansiedade, da depressão, dos distúrbios alimentares e do aumento das desigualdades sociais” e reforçou que os problemas associados à saúde mental estão a ser mais difíceis de diagnosticar porque “a escola é a primeira a aperceber-se se há algo problemático com a criança, mesmo antes dos pais, e o facto de agora não irem à escola, acaba por agravar essa dificuldade de diagnóstico”. A diretora da escola secundária Campos Melo e oradora convidada, Isabel Fael, olha para esta pandemia como forma de aprendizagem chamando a atenção para o facto de que “é importante ter um sentido para a nossa vida e para as nossas práticas, para aprendermos a sobreviver a este tipo de circunstâncias e, acima de tudo, para não ficarmos deprimidos”. A sessão terminou com uma mensagem positiva da organizadora, Assunção Vaz Patto, que diz retirar desta mesa redonda “uma série de pontos importantes de reflexão sobre esperança e resiliência”. |
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