Nos 25 anos de Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, o mais antigo do país, dez espetáculos, duas companhias profissionais, sete grupos de teatro universitário, diferentes linguagens artísticas, foi o menu servido nesta mostra anual.

As duas companhias profissionais participantes são a “Asta”, conhecida da Covilhã, e a “Alma d’Arame” de Montemor-o-Novo. São as únicas obrigadas a terem classificação etária, por se tratarem de companhias profissionais.

O CITAC apresenta-se como um organismo autónomo, orientado para a criação prática e formação teatral experimental. Não é a primeira vez que participa no festival, e este ano traz consigo a emergência do futuro. “Ao Futuro”, é um brinde ao advento de uma nova era que urge cumprir. Trata-se de uma performance em dois atos, onde 30 minutos chegam para criticar a truculência individual e o sistema societal. “Não há tempo para se reorganizar o arquivo pessoal de informações, por isso, rotula-se...”, e “Porque olhas pra mim dessa maneira?...” são algumas das frases que cumprem este objetivo.

Este é um festival onde os teatros universitários estão a concurso, com dois prémios, o prémio do júri e o prémio do público, que atribui uma pontuação de 1 a 5 para classificar o espetáculo. Outra forma de contribuir para o evento é através da urna à disposição, para o que se chama de “rémunération au chapeau”, uma contribuição voluntária em que 1% do valor obtido reverte para a cultura.

Com um adesão de cerca 60 pessoas diárias, o espetáculo pode contar sempre com a presença do grupo que atua no dia seguinte. O retorno à casa mãe, espera-se que aconteça em março de 2013 para a 26.ª edição do Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior.