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Comemoração do Dia dos Estudantes marcado por manifestação
João Ferreira · quarta, 30 de mar?o de 2022 · UBI Associação Académica da UBI disponibilizou transporte gratuito. Da Covilhã partiu um autocarro com estudantes. |
Estudantes da UBI em Lisboa |
21981 visitas Na manifestação estiveram presentes os alunos das universidades da Beira Interior, Coimbra, Aveiro, Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Évora, Porto, Algarve e várias faculdades de Lisboa. Em frente da Assembleia da República, foi tempo de ouvir as reivindicações de representantes de algumas universidades, como o fim das propinas, mais e melhores residências públicas e maior investimento no ensino superior. Houve ainda tempo para um momento cultural de um grupo musical de Coimbra, que interpretou a música “Capa negra, rosa-negra”, de Adriano Correia de Oliveira. Pedro Rodrigues, aluno da licenciatura de Bioquímica da UBI, esteve presente na manifestação e afirma que “a mobilização foi muito complicada”. “Levou-se 25 pessoas, que não é muita gente comparado ao quadro que existia e às possibilidades que havia de levar mais pessoal. Poderia ter sido muito melhor”, admite o estudante. Pedro Rodrigues sublinha ainda que “tendo em conta os problemas concretos dos estudantes da UBI é estritamente necessário que todas as reivindicações do dia 24 de março se efetivem, que a propina deixe de existir, esse grande entrave dos estudantes ao ensino superior, que deixe de existir a elitização do próprio ensino superior, que exista efetivamente mais investimento, para que os estudantes da UBI possam estudar em salas mais quentes”. O aluno entrevistado ainda referiu a necessidade de mais e melhores residências públicas, do fim da mercantilização do ensino e a pressão sobre as universidades obterem receita, por exemplo com a concessão dos bares a privados. Por fim, deixou uma nota sobre o atraso do pagamento das bolsas aos estudantes, num ano que se registou o recorde de bolsas pedidas ao estado. O Dia Nacional do Estudante simboliza os 60 anos da crise académica. O ano de 1962 foi marcado por um período de grande ativismo estudantil em plena ditadura, com várias greves, comícios e ações de rua por parte dos estudantes e repressão policial a mando do governo salazarista. As comemorações do dia 24 de Março chegaram mesmo a ser canceladas nesse ano, o que levou os estudantes à declaração de “luto académico”. |
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