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O "novo" Avante opta por um visual mais atraente e adequado às novas gerações


Avante! mais jovem aos 69 anos
"Diferente, mas sempre
o mesmo!"

Aos 69 anos, o Avante!, histórico jornal do PCP que viveu 43 anos na clandestinidade, entrou quarta-feira numa nova fase da sua vida, com uma remodelação gráfica e temática. Alterações gráficas e abordagens de novos temas (ligados à cultura e juventude), com novos colaboradores, é o que promete o jornal oficial dos comunistas portugueses. O semanário continuará a sair à quinta-feira e a custar 180escudos.
O logotipo do Avante mantém-se preto, apenas com a inovação do ponto de exclamação (!) passar a vermelho. Na apresentação da nova face do jornal, na última quarta-feira no Centro Vitória do PCP, em Lisboa, falaram o secretário-geral do partido, Carlos Carvalhas, e o director do jornal, José Casanova, numa iniciativa em que estiveram presentes muitos dos históricos dirigentes comunistas, como Joaquim Gomes, Jaime Serra, Domingos Abrantes, Carlos Costa, Sérgio Vilarigues e Dias Lourenço. Na cerimónia esteve também presente Vasco Gonçalves, ex- primeiro ministro de quatro governos provisórios formados após os 25 de Abril de 1974.
Uma das presenças que mais prestigiou a reunião foi a do Prémio Nobel da Literatura José Saramago, que publica um texto na edição desta semana (nas bancas desde quinta-feira).
Mas a remodelação que os comunistas pretendem no Avante não é de conteúdo: "Remodelação para quê? Para deixar de ser o órgão oficial do partido, para deixar de ser um jornal para o povo (...),um jornal comunista? Evidentemente que não", disse, taxativo, Carlos Carvalhas. Reconhecendo que a remodelação passa sobretudo pela vontade de "ser mais atraente", o líder do PCP apontou ainda como metas o "combate ao pensamento único" e a divulgação da "realidade do mundo do trabalho" de forma a lutar contra "os que procuram sepultar o comunismo".
José Casanova lembrou a história do Avante, com realce para a "reorganização" de 1941, impulsionada, entre outros, por Álvaro Cunhal (que aliás merece uma fotografia sua na primeira página da edição de quinta-feira), para sublinhar que este foi o jornal "que em todo o mundo mais tempo resistiu na clandestinidade" - 43 anos. Casanova apontou a "diferença" deste jornal, que radica numa "clara opção de classe" e "está com o socialismo e com o comunismo, contra o capitalismo".






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