THE RACE 2000 - Uma regata
à volta do mundo
Sem escala, sem limites
"Uma honra sem precedentes" foram as palavras emocionadas
proferidas pelo navegador inglês Pete Goss, quando na semana
passada a Rainha de Inglaterra, Elisabete II, baptizou o veleiro
catamarã gigante "Team Philips", com o qual
se prepara para dar a volta ao mundo.
O navegador e a sua equipa estão prestes a embarcar na
regata do milénio - THE RACE 2000 - uma circum-navegação
sem escalas, assistência ou limites, reservada aos mais
velozes e gigantescos veleiros do século XX, construídos
com a mais avançada tecnologia.
Mais que um radical evento náutico, esta regata é
acima de tudo um desafio. "Será uma regata internacional
ao mais alto nível, tanto humano como tecnológico,
mas principalmente porque será um evento que pretende
promover mundialmente a tolerância, o universalismo e o
diálogo", declara o navegador francês Bruno
Peyron, criador e primeiro vencedor do troféu Julio Verne
em 1993, uma regata à volta do mundo sem escalas e em
menos de 80 dias.
Quebrando recordes oceânicos
O início da THE RACE está
marcado para o dia 31 de Dezembro, em Barcelona. Entretanto,
os concorrentes inscritos vão quebrando recordes oceânicos,
como provas qualificatórias, com as suas poderosas embarcações.
É o caso do Playstation, de 36 metros de comprimento,
que estabeleceu o novo recorde Newport-Bermuda, com 38 horas,
35 minutos e 53 segundos de navegação pelas 635
milhas de percurso, com médias de velocidade de 29,61
quilómetros por hora.
No próximo mês será a vez de Pete Goss e
da sua equipa se lançarem à conquista do troféu
Julio Verne, a bordo do possante "Team Philips", com
os seus 39,60 metros de comprimento e 23,31 de largura. O baptismo
está cumprido, pelas mãos da rainha, num privilégio
sem precedentes na história mundial do desporto à
vela de alta competição.
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