Doze anos ao serviço
da publicidade e decoração
"Novo Traço"
português na Beira Interior
POR DANIELA MALHEIRO
Um projecto pioneiro no
mundo da publicidade surgiu em 1987 pela mão de dois empresários
da Covilhã. A ideia inicial foi criar na região
um serviço eficaz na área da decoração
. A imensa procura e o facto de não haver mais ninguém
a trabalhar no ramo nesta altura foram dois factores que jogaram
a favor da empresa. Passados doze anos, o "novo traço"
é uma empresa com mérito reconhecido em todo o
país.
O "Novo Traço"
está actualmente instalado na antiga fábrica lanofabril
na localidade de Cantar Galo, no concelho da Covilhã.
Com instalações de grandes dimensões, a
empresa tem uma capacidade de resposta imediata nas várias
áreas de decoração e todos os tipos de publicidade.
A serralharia e o gabinete do tratamento de imagem são
espaços fundamentais no seu funcionamento diário.
A história da empresa é um pouco peculiar e remonta
a meados da década de 80. Tudo nasceu num sótão,
quando à noite João Nuno Carreira e José
Lança se juntavam a fazer trabalhos, idealizando ao mesmo
tempo a constituição da empresa. A ideia de criar
na região um tipo de serviço virado para a decoração
e publicidade surgiu não só pelas capacidades que
ambos tinham na área, mas também porque "na
altura não havia ninguém a trabalhar neste ramo
e a procura era imensa".
Naturalidade Covilhanense
No dia 15 de Setembro de 1987,
na Rua Mateus Fernandes na Covilhã, os dois empresários
deram vida ao "Novo Traço" e aqui começava
a aventura. Nessa altura,João Nuno e José Miguel
contrataram uma pessoa para trabalhar com eles e meteram mãos
á obra. "Começamos nessa primeira fase a fazer
projectos de construção civil e decoração
de interiores, e trabalho era coisa que não faltava"..
Desde então, a empresa começou a ser conhecida
em toda a região da Beira Interior. A decoração
e arranjos interiores da maioria dos bares da cidade e de algumas
lojas comerciais é também da sua responsabilidade.
Novas áreas de trabalho
Com o passar do tempo a empresa
sentiu necessidade de alargar os seus horizontes. As instalações
iniciais na Rua Mateus Fernandes ficam então para trás
e a empresa ganha vida num outro espaço. Com mais trabalho
e novas áreas de carpintaria, serralharia e electricidade,
o "Novo Traço" começa a funcionar em
Cantar Galo, na estrada que liga a Covilhã á Vila
do Carvalho. "Foi aí que começamos a fazer
os reclamos luminosos, um trabalho que ainda hoje se mantém".
E porque o tempo acarretava consigo uma constante adaptação
às novas tecnologias, em 1990 comprou-se a primeira plotter
computadorizada, uma máquina de cortar vinil, que acabou
por substituir todo o trabalho manual, mas que há dez
anos já custou 4 mil contos. Afirmam com orgulho que "fomos
os primeiros em Portugal a ter uma plotter".
A juntar a isto veio uma impressora de grande dimensão
para trabalhos interiores e exteriores, o que facilitou muito
o fabrico das placas publicitárias."Antes eram
feitas e pintadas manualmente, através da projecção
das imagens na parede". Métodos rudimentares que
tiveram de ser ultrapassados.
Actualmente a empresa tem duas plotters de corte e duas impressoras
de grande dimensão. Nos projectos dos proprietários,
está a aquisição de uma plotter para cortar
todo o tipo de material. Um projecto de 15 mil contos, mas que
será uma realidade a curto prazo.
Clientes diversos
Passados doze anos, esta sociedade
continua de pé com muitos projectos para realizar. O
"Novo Traço" é hoje conhecido em todo
o País, e os seus serviços são procurados
por todo o tipo de clientes e de empresas. Por exemplo toda a
publicidade estática do Estádio Santos Pinto na
Covilhã é feita neste espaço. Reclamos luminosos
e outdoors são dos trabalhos mais solicitados. As Câmaras
Municipais e os Museus são também clientes habituais,
"não só pela qualidade dos serviços
que prestamos, mas porque temos uma capacidade de resposta imediata".
Depois há também o cliente particular e as empresas
de construção que solicitam frequentemente cozinhas,
pavimentos em madeira e roupeiros.
Bons recursos humanos
A empresa tem actualmente 17
funcionários, cinco dos quais formados na própria
empresa. Um aspecto muito importante, uma vez que "são
pessoas que conhecem a casa e que adquiriram uma tal capacidade
que são já capazes de trabalharem sozinhas".
Para João Nuno e José Miguel esta parte humana
dentro da própria empresa acaba por ser o mais importante.
"As máquinas compram-se, mas os bons recursos humanos
não".
O futuro da empresa apresenta-se por isso bastante risonho. O
investimento em novas tecnologias será sempre uma constante,
pois caso contrário corre-se o risco de se ser ultrapassado.
A actual situação de grande estabilidade permite
a este espaço uma facturação/ano acima dos
100 mil contos. O futuro da firma passa também pela compra
do actual espaço onde estão sediados, ou até
uma possível mudança para a zona industrial do
Tortosendo.
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