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As avaliações universitárias
por Jorge Barata

Poder-se-ia, portanto, pensar que as chamadas "Avaliações das Universidades" são uma contradição do sistema de ensino universitário português. Contudo, acho que não são e, pelo contrário, poderão ser muito úteis para a garantia da autonomia universitária. Por um lado, quem coordena as avaliações é a Fundação das Universidades Portuguesas, logo não é um organismo estranho ao sistema. Por outro lado, a possibilidade (que existe) de se entrar no sistema sem efectuar o percurso normal, e que se verifica cada vez mais, pode criar graves problemas, que é necessário controlar e evitar.


Do calendário escolar
à criatividade com hora marcada
por Maria de Fátima Simões

"O modo como cá se faz", ultimamente, é não entender as pessoas e as suas ideias como entidades claramente distintas. Com efeito, na maioria das vezes, as críticas que vamos ouvindo passam a mensagem de que quem não está a favor do novo calendário escolar está manifestamente contra quem o propõe. Ora, nada de mais equívoco e perigoso, quer do ponto de vista estritamente profissional, quer do ponto de vista das relações interpessoais que são vitais para a vida na Universidade.


Realpolitik e moral
ou Angola e Soares
por Paulo Serra

Vem isto a propósito do chamado "caso Soares" - um exemplo típico de como a discussão política tende constantemente, em Portugal, a desviar-se do substancial para o acidental. E o substancial é, neste caso, o seguinte: Angola é um estado legitimado pelo direito? Não. Violam-se, em Angola, os direitos humanos mais elementares? Violam. Angola é uma cleptocracia? É. Nas zonas controladas pela UNITA o panorama é diferente? Não. Se em vez do MPLA fosse a UNITA que estivesse no poder, faria melhor ou sequer diferente? Estou convencido de que não.


Autonomia e liberdade de escolha:
condição de crescimento
por Pedro Guedes de Carvalho

Gostava de escrever algumas palavras relacionando algumas das notícias recentes do jornal. São elas "o deserto de Sortelha", a "falta de um colégio no Interior" e o "calendário académico". À primeira vista nada têm em comum. Mas vou tentar provar o contrário.


Infadebilidades
por Onésimo Almeida

Há dez eleições, durante a renhida luta entre os protestantes e Kennedy (...), uma entrevista do candidato católico parece ter tido um impacto talvez decisivo no eleitorado americano (...). O entrevistador perguntou-lhe se acreditava na infalibilidade pontifícia. Kennedy, ágil de mente e de espírito, tomou ares de grande ponderação ao responder: Bom, eu nessas coisas de teologia não sou muito seguro e por isso consulto sempre o meu amigo cardeal Spellman (então arcebispo de New York). Há tempos fiz-lhe exactamente a mesma pergunta e ele respondeu-me: - Olha, Jack, se o papa é infalível, também não sei. Só sei que ele me chama sempre Spilman.


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