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Festival de Música Erudita abre trimestre cultural
Era uma vez na Guarda
POR CATARINA MOURA

Música erudita, espectáculos infantis, música popular, colóquios, fotografia, malabarismo e teatro vão marcar os próximos três meses na Guarda. A cidade prossegue as comemorações do seu oitavo centenário com uma aposta arrojada e inédita na cultura nas suas mais diversas vertentes.

Maio, Junho e Julho vão ficar na história cultural da Guarda e da Beira Interior. O plano trimestral já foi apresentado e revela uma agenda riquíssima em que a qualidade e a diversidade continuam a marcar presença. A cidade prossegue assim as comemorações dos seus 800 anos, prometendo atrair não só a população local mas a de toda a região.
Maio abre com o Festival de Música Erudita, a decorrer desde o último sábado até dia 14. Contando com a participação de alguns dos mais conceituados músicos portugueses, alguns deles oriundos da Guarda e aí radicados profissionalmente, este festival pretende homenagear o grande compositor do século XVII João José Baldi, cantor, pianista e organista que foi mestre da Sé Catedral aos 19 anos. Serão oito dias de música clássica, destacando-se a presença de Maria José Moras, uma das pianistas portuguesas mais reconhecidas internacionalmente, no dia 8, e de Ana Mafalda de Castro, a melhor executante de cravo no nosso País, três dias depois.
A agenda cultural de Maio reserva também um espaço privilegiado aos mais novos. Durante cinco dias consecutivos, teatro, ópera e dança prometem deliciar a pequenada na segunda edição do festival "A Guarda é uma Criança". Este evento integra ainda, nos dias 28 e 29, uma apresentação de trabalhos escolares nas mais diversas áreas. Uma resposta das escolas do ensino básico ao desafio da autarquia.
Ainda este mês, destaca-se a abertura da III Bienal de Arte da Guarda, uma ampla mostra de artes plásticas dedicada ao tema "O Adeus ao Escudo. Os Portugueses em Portugal, na Europa e com o Euro", que estará patente ao público de 20 de Maio a 18 de Junho.

"Aquilo" apresenta encontros fictícios

O ciclo "Gente da Guarda", homenagem às mais diversas personalidades históricas locais, prossegue em Junho com dois colóquios. O primeiro, no dia 2, é dedicado a Vergílio Ferreira e Eduardo Lourenço. O segundo, no dia 3, falará sobre Pinto Peixoto, Estêvão da Guarda e José Maurício.
Para o início de Junho está também anunciada a estreia de uma nova peça do grupo de teatro "Aquilo", encomendada pela autarquia. Intitulada "Até o Anjo é da Guarda", esta peça resulta de um texto inédito de Américo Rodrigues e tem como tema os encontros fictícios de Alberto Dinis da Fonseca, uma das figuras que povoam o imaginário colectivo da cidade, com diversos anjos. O espectáculo vai ocupar o novo espaço cultural da Guarda - o Armazém de Adubos para Todas as Culturas.
No dia 9, "Guarda-me no Coração" dá o mote musical ao mês. Dirigido pelo músico norte-americano Greg Moore, este espectáculo reúne diversos músicos, associações, grupos, bandas, ranchos e escolas locais para interpretar temas da região. Um espectáculo a decorrer na Praça Velha.
Quatro dias depois, o Auditório Municipal recebe os cubanos "Septeto Habanero", que prometem esgotar novamente a sala.
Marcando bem a diversidade da oferta, os dias 15 e 16 oferecem dança. O pavilhão desportivo municipal acolhe a Companhia Nacional de Bailado, que apresentará "Coppélia".

Animar as ruas da cidade

O último mês do trimestre está reservado ao teatro e ao malabarismo.
Centenas de malabaristas, vindos de todos os cantos do mundo, vão colorir a Guarda no âmbito do Festival Internacional de Malabaristas, que decorre entre 7 e 9 de Julho.
De 12 a 22, a Guarda será então palco do Festival de Teatro de Rua, um evento que se impõe já como referência a nível nacional. As ruas da cidade vão animar-se com os grupos Antagon (Alemanha), Teatro Margen (Espanha), Teatro do Mar, Trigo Limpo / Teatro ACERT, GICC / Teatro das Beiras, Teatro ao Largo, Joana, Teatro Zéphyro, Companhia Marimbondo, Teatro do Ódeon (França / Portugal), Circolando e Gefac, Faceless (Inglaterra) e Companhia de Artes do Brasil.
Pelo caminho fica a exposição de fotografia "Nossa Terra, nosso destino", encomendada pela autarquia aos fotógrafos Monteiro Gil, Curado de Matos e Luís Azevedo.

 

 
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