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Divulgar a região e atrair novos capitais é uma prioridade já hoje
A Beira Interior Internacional

POR DANIELA MALHEIRO

A experiência dos estágios internacionais proporcionada todos os anos pela AIESEC a vários jovens licenciados foi tema de fundo para mais uma conferência na UBI. Os novos mercados, o aumento de capitais e a internacionalização foram os assuntos económicos na ordem do dia

"Internacionalização e a Beira Interior" foi tema de cartaz de mais uma conferência levada a cabo pela AIESEC- UBI Covilhã. Realizado na passada quinta feira no pólo IV da UBI, o encontro serviu sobretudo para tirar velhas dúvidas e esclarecer novas questões na área da Economia. A convite do Departamento de Economia e Gestão , vieram de Lisboa Diogo Silva, presidente da AIESEC Portugal, e Miguel Fontoura, em representação do ICEP. Também presente esteve António José Granjeia a representar da Centauro Sa, de Castelo Branco. Ausente esteve apenas o professor Mário Raposo, por impossibilidades profissionais.
A abertura da conferência esteve a cargo de Diogo Silva, como presidente da AIESEC portuguesa, também ele estudante em Lisboa.

"A internacionalização encarrega-se de bater á porta"

Uma mostra exaustiva de todo o tipo de actividades, trabalhos e funcionamento desta associação internacional de estudantes, foi feita por Diogo Silva até ao último pormenor. A referência aos estágios internacionais que a AIESEC proporciona todos os anos a jovens licenciados em várias áreas, foi o ponto alto de uma conferência inteiramente assistida por estudantes universitários.
É que esta é no fundo a principal actividade desta associação - o programa internacional de intercâmbios de estágios. Muitas vezes pedidos pelas próprias empresas ou divulgados pela associação junto das mesmas. Experiência, contactos, motivação e formação foram os maiores benefícios apontados para quem pertence à AIESEC, onde " o estudante só tem a ganhar pelas várias experiências que vive".
O facto de ser estudante e trabalhar diariamente com estudantes, cativou mais de perto a atenção, ao falar em primeira pessoa das várias situações.
Incentivou desta forma todos os jovens presentes a associarem-se à AIESEC, uma grande oportunidade de enriquecimento pessoal, profissional e cultural, uma vez que a "internacionalização encarrega-se ela mesma de se nos bater á porta ".

AIESEC em todo o país

A AIESEC está representada só em universidades e fundamentalmente ligada aos cursos de Economia, Gestão e Ciências Empresariais. Já estabelecida nas universidades de Coimbra, Porto, Católica, Autónoma, do Algarve, dos Açores e no ISEG em Lisboa, onde está sediada a sede nacional, a AIESEC já está também na UBI. Com a AIESEC Covilhã UBI, ganham não só os estudantes, como toda a região da Beira Interior, com a internacionalização a fomentar várias formas de progresso.
Diogo Silva não tem dúvidas "a questão da internacionalização está sempre em cima da mesa em qualquer área. Qualquer realidade da vida tem duas faces e esta também".
Internacionalizar é então a forma máxima de desenvolvimento, cujo início tem que acontecer ainda na educação.

Covilhã internacional há 500 anos

O senhor que se seguiu foi o Miguel Fontoura em representação do ICEP, falando das oportunidades de investimento em Portugal e vantagens comparativas regionais. Explicou de forma muito simples a importância da internacionalização: "A Covilhã começou a internacionalizar-se há 500 anos com os Descobrimentos". Não deixou passar em claro grandes exemplos de empresas portuguesas a operarem no estrangeiro, como as que fazem software para a Nasa.
Para este representante do ICEP o importante foi mesmo realçar o alcance de estabelecer empresas portuguesas no estrangeiro, mas mais do que tudo, atrair empresas estrangeiras para Portugal, uma forma de aumentar o volume de capitais e abertura de novos mercados.
Ficou bem vincada a ideia de que só a internacionalização permite adaptabilidade, produtividade industrial e consequentemente a constante restruturação da economia.
As políticas de desenvolvimento e a lógica de mercado de que tudo é um produto e que tudo o que o produz é um verdadeiro cliente foi ponto assente, levando Miguel Fontoura a falar no caso das autarquias, como "motor de arranque para preparar uma boa oferta local".
O caso do Interior foi, como era de esperar, ainda mais vincado, pela sua enorme necessidade de desenvolvimento e competitividade.
A António José Granjeia, como vice-presidente para a gestão da qualidade total na Centauro Sa, coube a tarefa de continuar a falar de assuntos ligados ao meio empresarial, aos mercados e aos sectores económicos.
A questão da qualidade no produto empresarial foi o assunto mais discutido, com exemplos muito concretos nas mais diversas áreas.

 

 
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