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A indignação saiu à rua
Alcina Gomes · quarta, 6 de mar?o de 2013 · Região As manifestações promovidas pelo movimento Que se lixe a troika trouxeram para a rua centenas de pessoas também na Beira Interior. Na Guarda, Covilhã e Castelo Branco ouviu-se a Grândola, Vila Morena de Zeca Afonso como hino de protesto contra as medidas de austeridade impostas pelo Governo. |
Na Guarda a zona histórica foi o ponto de encontro dos manifestantes |
21972 visitas Ludovina Tavares trazia na mão cravos. A enfermeira aposentada, de 57 anos, marcou presença no Centro Cívico de Castelo Branco para exprimir “revolta” contra a forma como as atuais políticas “estão a acabar com a dignidade dos cidadãos, conquistada desde o 25 de Abril”, referiu. Na Covilhã, Arlindo Diniz, oficial de justiça também aposentado, queixava-se da “injustiça” de lhe ser retirado dinheiro de reforma para a qual descontou ao longo da carreira. Na Guarda, um grupo de estudantes universitários dizia-se “triste” porque “há famílias que já não conseguem manter os filhos a estudar” e porque “estão a acabar com o estado social”. “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas”. A frase, entre muitas outras, podia ler-se em vários cartazes empunhados por manifestantes que quiseram exprimir na rua a revolta e o descontentamento face às atuais políticas. A crise, a austeridade que o país atravessa e o desemprego galopante, foram motivos mais do que suficientes para que a Praça Velha na Guarda, o Pelourinho na Covilhã e o Centro Cívico em Castelo Branco se enchessem de gente. Na Covilhã, a zona pedonal à entrada da autarquia encheu a partir das 15. Entre 300 a 400 pessoas entoaram palavras de ordem “contra o conformismo nacional”, como se lia nalgumas faixas. Já Castelo Branco, à semelhança do que aconteceu a 15 de setembro do ano passado, voltou a acordar com uma tarja negra com a palavra “Basta” a cobrir parte do castelo. Na Guarda ouviu-se o hino nacional e muitos insultos contra membros do governo. Professores, médicos, estudantes, funcionários públicos, sindicalistas, reformados, desempregados. Gente de todas as profissões, de vários estratos sociais, mais jovens e menos jovens, foram muitos os que quiseram participar na jornada de protesto que, em todo o país, sobressaiu. Em marcha lenta, tanto na Guarda como na Covilhã e em Castelo Branco, os manifestantes percorreram ainda algumas das principais ruas daquelas cidades exigindo mudança. Mudança de governo. Ludovina Tavares trazia na mão cravos. A enfermeira aposentada, de 57 anos, marcou presença no Centro Cívico de Castelo Branco para exprimir “revolta” contra a forma como as atuais políticas “estão a acabar com a dignidade dos cidadãos, conquistada desde o 25 de Abril”, referiu. Na Covilhã, Arlindo Diniz, oficial de justiça também aposentado, queixava-se da “injustiça” de lhe ser retirado dinheiro de reforma para a qual descontou ao longo da carreira. Na Guarda, um grupo de estudantes universitários dizia-se “triste” porque “há famílias que já não conseguem manter os filhos a estudar” e porque “estão a acabar com o estado social”. “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas”. A frase, entre muitas outras, podia ler-se em vários cartazes empunhados por manifestantes que quiseram exprimir na rua a revolta e o descontentamento face às atuais políticas. A crise, a austeridade que o país atravessa e o desemprego galopante, foram motivos mais do que suficientes para que a Praça Velha na Guarda, o Pelourinho na Covilhã e o Centro Cívico em Castelo Branco se enchessem de gente. Na Covilhã, foi a praça do município que serviu de palco para a reunião de pessoas, a partir das 15. Entre 300 a 400 cidadãos entoaram palavras de ordem “contra o conformismo nacional”, como se lia nalgumas faixas. A “Grândola Vila Morena” não foi esquecida e deu mote a um percurso pedonal pelas principais artérias da cidade. Gente de vários quadrantes políticos e culturais marcaram presença neste protesto contra as medidas de austeridade que o governo tem vindo a impor. O microfone foi aberto a quem quis expor a sua opinião. Muitos apontaram o crescendo nos números da emigração como um dos problemas que mais afeta a sociedade portuguesa e mais a região do interior. Outros deram voz ao protesto contra o corte nos vencimentos e nas reformas e outros ainda contra a banca e a subida de impostos. Já Castelo Branco, à semelhança do que aconteceu a 15 de setembro do ano passado, voltou a acordar com uma tarja negra com a palavra “Basta” a cobrir parte do castelo. Na Guarda ouviu-se o hino nacional e muitos insultos contra membros do governo. Professores, médicos, estudantes, funcionários públicos, sindicalistas, reformados, desempregados. Gente de todas as profissões, de vários estratos sociais, mais jovens e menos jovens, foram muitos os que quiseram participar na jornada de protesto que, em todo o país, sobressaiu. Em marcha lenta, tanto na Guarda como na Covilhã e em Castelo Branco, os manifestantes percorreram ainda algumas das principais ruas daquelas cidades exigindo mudança. Mudança de governo. |
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