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Música e Arquitetura na Ordem de Cister
Leonardo Alves · quarta, 26 de novembro de 2014 · UBI Discussões ligando a arquitetura cisterciense e a questão da sonoridade musical em construções deste tipo teve espaço na última semana na Universidade da Beira Interior com a realização do II Simpósio Internacional Espaços de Cister: Arquitetura e Música. O evento aconteceu nos dias 20 e 21 de novembro, no Auditório 8.01 da Faculdade de Engenharia. |
Avaliação do evento foi positiva, de acordo com a organização (Foto: Leonardo Alves) |
21955 visitas Com boa presença de público, entre estudiosos da temática cistercienses, professores e estudantes, ocorreu na última semana o II Simpósio Internacional Espaços de Cister: Arquitetura e Música. O evento, organizado pelo Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura (DECA), em parceria com outras instituições de portuguesas de pesquisa de patrimônio, buscou levantar a atenção de profissionais e acadêmicos sobre o legado cisterciense, sobretudo no que diz respeito à arquitetura deixada pelos seguidores da Ordem de Cister. A importância da escolha do tema foi ressaltada por Ana Maria Tavares Martins, diretora do mestrado integrado em Arquitetura da UBI e uma das organizadoras do simpósio. “Neste momento o cister faz parte do legado cultural e da memória de Portugal, uma vez que esteve associado ao desenvolvimento do país enquanto nação. Desde os primórdios da reconquista cristã que foi sendo implantado e até hoje há muitos exemplares construídos de mosteiros cistercienses que se foram alterando e modificando ao longo do tempo, sendo interessante para estudo”, afirmou Ana Martins. Foram apresentados diversos trabalhos nacionais e internacionais nos painéis temáticos ao longo dos dois dias do Simpósio, destacam-se as pesquisas realizadas no Mosteiro de São Bento de Castris. Neste mosteiro foram realizados experimentos levando em conta aspectos como o comportamento acústico na igreja principal do mosteiro, dentre outros. A UBI participou ativamente de pesquisas neste espaço através do projeto FCT "ORFEUS - A reforma Tridentina e a música no silêncio claustral: o mosteiro de S. Bento de Cástris", projeto este financiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia e realizado em conjunto com as universidades de Évora, Minho e dos Açores. Parte dos estudos de caso inseridos no projeto ORFEUS está em exposição documental na Galeria da Real Fábrica de Panos até ao dia 5 de Janeiro de 2015. Além do projeto ORFEUS, o DECA está investindo em um novo projeto de investigação científica em parceria com a Câmara Municipal da Covilhã. Trata-se de uma exploração não invasiva, perto da capela da Senhora da Estrela, em Boidobra, onde supostamente estaria o antigo mosteiro de Santa Maria da Estrela, antigo mosteiro cisterciense instalado na cidade. Para o docente do DECA, Filipe José Lacerda Neto, a questão da acústica tem sido levada em conta pelos novos profissionais. “Tem sido cada vez mais interessante essa procura em perceber a parte da acústica, que vai logo de encontro à arquitetura. Não só nessa especialidade cisterciense, mas abrangente à arquitetura no seu todo. É bom ver o interesse que os jovens arquitetos começam a ter nestas questões que dizem respeito à história e ao patrimônio”, afirmou o docente. No final, a organização avaliou o evento de forma positiva. “Ontem (21/11) tínhamos cinco congressos nacionais e internacionais acontecendo aqui na Covilhã, mas mesmo assim tivemos sala cheia, partilha de saberes e um saldo positivo muito elevado”, relatou Ana Maria Martins.
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