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Estudante da UBI vence Secção Infantil do Prémio Branquinho da Fonseca
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 4 de novembro de 2015 · UBI Vanessa Martins, natural da Covilhã, licenciada e mestre na área da Filosofia pela Universidade da Beira Interior, ficou em primeiro lugar no concurso literário promovido pela Gulbenkian e jornal Expresso. Recebe o galardão sexta-feira, dia 13, em Lisboa. |
Vanessa Martins é estudante da UBI desde 2004. Já concluiu uma licenciatura e dois mestrados na área da filosofia |
21981 visitas “Tiago, o Colecionador-Quase-Nuvem” é o título do conto que valeu à estudante de 3.º Ciclo da Universidade da Beira Interior (UBI), Vanessa Martins, o primeiro lugar da Secção Infantil do Prémio Branquinho da Fonseca, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian e o jornal Expresso. O trabalho tem como principal personagem um “rapaz estouvado, de cabeça no ar e com uma imaginação incrível”, explica a licenciada e mestre em Filosofia, também pela UBI. O galardão é entregue na cerimónia marcada para a próxima semana, sexta-feira, dia 13, em Lisboa. Vanessa Martins, natural do Tortosendo, vila do concelho da Covilhã, criou em torno de Tiago um enredo que foi considerado ágil, pedagógico e exigente, segundo a organização do certamente que pretende incentivar o aparecimento de escritores de literatura infantil e juvenil. Esse menino apercebe-se um dia que todas as pessoas que conhece têm uma coleção, excepto ele. “Aí começa a sua aventura, na tentativa de descobrir — com as pistas que a família lhe vai dando — o que é que faz com que um conjunto de coisas se torne uma coleção até à descoberta da sua coleção ideal. É uma história sobre o amor familiar, sobre as diferenças e a alegria da descoberta”, descreve a autora, que considera esta história um conto para qualquer faixa etária: “Todos os contos infantis se destinam, a meu ver, a todas as idades, dependendo da forma como são contados ou lidos”. Certo é que a aventura de Tiago convenceu o júri – constituído por Ana Maria Magalhães, Rita Taborda Duarte, José António Gomes, Maria Helena Melim Borges e António Loja Neves – que nesta edição teve de analisar 32 concorrentes, que participaram no concurso bienal. Vanessa Martins confessa que apenas este ano começou a dedicar alguma atenção a concursos literários e criou “Tiago, o Colecionador-Quase-Nuvem” após ter recebido a notícia de que ia ser tia. “Julgo que foi um misto de alegria com responsabilidade que me fez escrever — quase de enfiada — este conto. Quero que o meu sobrinho cresça como o Tiago da história: com uma cabeça sonhadora e atento aos pormenores do mundo e às diferenças”, refere a estudante da UBI, acrescentando que esta é uma das finalidades pedagógicas da história. O prémio vai ser entregue então dia 13, no Auditório 3, da Fundação Calouste Gulbenkian, instituição que, juntamente com o jornal Expresso, deverá definir a edição do conto infantil. Uma oportunidade desta autora de vários artigos académicos sobre filosofia ver disponível ao público um trabalho de uma área que diz ter surgido como uma “lufada de ar fresco”, admitindo a hipótese de se dedicar agora à literatura. “Este prémio é motivo de grande orgulho e sinal de que terei algum talento para desenvolver. Não quero, no entanto, afastar-me da filosofia, a minha área de formação”, conclui a estudante da UBI entre 2004 e 2011, altura em que concluiu uma licenciatura em Filosofia (2004 a 2007), e dois mestrados: Ética e Política (2007 a 2009) e em Ensino da Filosofia (2009 a 2011). Iniciou doutoramento na mesma área em 2012. |
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