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UBI promove ações de sensibilização durante o mês de maio
Artur Silva · quarta, 12 de maio de 2021 · Continuado Um dos workshops foi: “Como trabalhar com alunos cegos”, que buscou consciencializar o cidadão para uma mudança de comportamentos que faz toda a diferença para quem tem mais dificuldades no seu dia-a-dia. A atividade se na iniciativa: “Ciclo Meses Temáticos” e teve audiência presencial, na Biblioteca e, também, foi transmitido pela plataforma zoom. |
Workshop: "Como trabalhar com alunos cegos?" |
21980 visitas O objetivo deste workshop foi sobretudo informar e sensibilizar algumas adversidades que pessoas cegas passam diariamente e que não são devidamente valorizadas. Maria Inês Farias, aluna do 1º ano de Psicologia na Universidade da Beira Interior e Beatriz Correia sua melhor amiga, foram as oradoras deste workshop, que teve como moderadora Filomena Simões, psicóloga no Gabinete de Apoio Psicológico da UBI. As estudantes abordaram, inicialmente, situações que são ou não incorretas e também alguns conceitos que consideraram importantes para que, através de pequenas atitudes seja possível tornar as rotinas dos deficientes visuais mais simples. Desde os exemplos mais comuns, quando se encontram na rua e alguém tenta comunicar com elas através de um discurso mais infantil ou referências à cegueira, a utilização de advérbios de lugar como: aqui ou acolá, entre outros. Inês Salvador, licenciada em Ciências da Comunicação e aluna no Mestrado em Jornalismo na UBI, sofre de baixa visão. Tem apenas 6% de visão em cada olho, onde só consegue ter a perceção do espaço ao seu redor. No seu dia-a-dia, menciona alguns comportamentos que gostava que não voltassem a acontecer, por exemplo, por não conseguir “olhar diretamente para as pessoas” por possuir apenas a visão periférica, já foi abordada por diversas vezes com algumas expressões inapropriadas, tais como: “Porque é que não estás a olhar para mim?”, “Olha-me nos olhos!”, entre outras. Inês lembra que quem quer ajudar, primeiro deve perceber se a pessoa necessita ou não de ajuda e que a abordagem deve ser com calma e evitar um discurso discriminatório: “Não quero que me tratem de forma diferente”. No fecho do workshop, Maria Inês fez um apelo para que sejam melhorados os acessos na zona do Sineiro, pois no seu trajeto diário entre a PAC – Residência Universitária Pedro Alvares Cabral - e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, são mais de 500 metros de distância e o pior deste trajeto é o estado em que se encontra: “O piso é muito irregular” e quem reside nessa zona também está familiarizado com essa falta de acessibilidades. O piso encontra-se degradado e com inúmeros buracos, as esplanadas ocupam muito espaço no passeio, existem poucos pontos de referência, já para não falar que na própria universidade as portas da entrada são pesadas, de vidro e encontram-se sempre fechadas o que dificulta ainda mais o seu percurso, ainda saliente que a rampa que permite entrar na residência é muito inclinada. No próximo sábado vai ocorrer outro workshop em formate online e presencial, sob o tema: “Como trabalhar com alunos surdos?” e até ao final do mês de maio a UBI vai continuar a promover ações que visam sensibilizar a comunidade académica para a inclusão. Para mais informações, basta consultar os futuros eventos da UBI. |
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