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Há mais vida na montanha
Ricardo Fernandes · quarta, 1 de fevereiro de 2017 · Centro de Energia Viva de Montanha nasce no coração da Serra da Estrela com o apoio da UBI. |
O Centro de Energia de Montanha já estava a ser preparado há 10 anos. |
21980 visitas "O Centro de Energia Viva de Montanha (CEVM) pretende dar à região aquilo que não há". É assim que Kelly O'Hara começa por descrever o Centro que está a nascer em Manteigas. O espaço resulta de uma parceria a três, entre o município, a Universidade da Beira Interior (UBI) e a Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior (ENERAREA). Assinado o protocolo de cooperação em outubro de 2016, espera-se que o Centro entre em funções já no verão deste ano, aproveitando os melhores recursos que cada entidade poderá oferecer. Erguido num edifício autossustentável, o espaço pretende proporcionar aos visitantes uma experiência marcadamente pedagógica. Criação de actividades ou experiências no terreno e o desenvolvimento da cultura histórica e científica da natureza serão os principais pilares deste projecto. Embora seja conhecida no meio académico como presidente do Departamento de Ciências do Desporto da UBI, Kelly O'Hara preside também ao Conselho Científico do CEVM. Por esse motivo, Kelly realça que este projecto foi uma oportunidade para deslocar a Universidade para fora da Covilhã. Afinal, e nas palavras da própria, a UBI também é Manteigas. Junto ao Zêzere, entre o casario de Manteigas e a Serra, o espaço possibilita a reutilização da antiga Fábrica do Rio, um dos complexos industriais da vila há muito desactivados. No entanto, esta não é a primeira vez que uma das antigas fábricas é aproveitada com intuito de dar um novo impulso à região. José Páscoa, Pró-reitor da UBI para a Área de Projetos está a acompanhar institucionalmente o decorrer do projeto. "Neste momento está-se a avançar para a aquisição de mais alguns componentes para instalar no centro e o projeto de pormenor da área envolvente – que vai incluir uma parte ligada às Ciências do Desporto e à Engenharia Civil – também já está a avançar com uma arquiteta que a Câmara de Manteigas tem a tratar desse assunto", explica o Pró-reitor. "O projeto está surgir em pleno lá para o Verão, que é o tempo de decorrerem os concursos públicos para a aquisição de alguns equipamentos e materiais", afiança. José Páscoa refere que, "neste momento as coisas estão a desenvolver-se bem, tem havido uma colaboração muito grande dos professores da UBI das várias áreas. Antes das férias de natal tivemos a tomada de posse dos 24 membros do Conselho Científico, que abarcam pessoas dos vários departamentos da UBI que têm estado a trabalhar com a professora Kelly na definição das várias áreas relacionadas com o Centro de Energia Viva". Aquele responsável considera mesmo que "tudo tem decorrido com um desenvolvimento superior às expectativas que normalmente se colocam neste tipo de projetos, até porque o presidente da Câmara de Manteigas tem tomado isto como uma oportunidade para desenvolver o seu concelho. Há aqui, não só uma componente de visitação do edifício, mas também uma componente mais ligada ao empreendedorismo e à criação de empresas e isto também potencia esse tipo de trabalhos", explica. "Além disso, tem uma componente que é bastante inovadora nestes centros de energia viva, que é o facto de haver a possibilidade de os nossos finalistas de Mestrado e alunos de Doutoramento poderem estar lá a realizar trabalhos de investigação e, eventualmente até, virem a desenvolver empresas que saiam desses trabalhos", sublinha o Pró-reitor da UBI. |
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